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segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

"Nunca pensei ouvir isso vindo de ti!"


Quem nunca ouviu essa frase (ou uma variação dela) que se levante e saia da sala porque este post não é para vocês.

Hoje vai ser mais um daqueles posts meio pessoais, meio aspirantes a inspiracionais ou simplesmente uma diarreia de palavras que só faz sentido para mim.  Este tema não vai ser novo, eu mesma já li/vi coisas sobre o assunto, mas pronto, aqui vem a minha visão (e espero que seja o suficiente para ser novidade). A questão é: eu nem sempre fui assim.

O ser humano está sempre a mudar. Isso (penso eu) é mais notável na fase do secundário até mais ou menos a meio/finais dos 20s. Estamos a descobrir quem somos, o que gostamos, o que queremos ser. Dependendo as circunstâncias da vida de cada um, estamos a adaptar-nos e a tentar sobreviver. Por exemplo: eu nem sempre fui muito positiva. 

No secundário, principalmente, eu era bastante negativa. Não estava satisfeita com a minha vida em geral, não sabia o que queria (isso mantém-se mas a visão mudou) e isso fazia dava-me uma energia e uma mentalidade (bebam um shot cada vez que lerem esta palavra) negativa. 


Quando iniciei a faculdade saí da minha pequena vila, afastei-me de quase todas as pessoas que conhecia e saí de casa. A minha vida deu uma volta de 180º graus. Obviamente que com isso eu também mudei. Estava num curso que gostava e me motivava, tive escolha sobre as pessoas que me rodeavam e comecei a pensar num futuro mais largo e mais horizontes do que era capaz enquanto estava em Sesimbra. 
Tornei-me mais motivada, positiva e conheci-me um pouco melhor. Simplesmente mudei, no meu caso (e felizmente) para melhor.

A questão é: quando estamos com pessoas do nosso passado ou há alguém que se mantém constante, parece que essa mudança é mais difícil de expressar. "Nunca pensei que fosses gostar disto!"; "Quem diria que isto te ia interessar!"; "Se soubesse já te tinha dito isto antes!". São comentários que, apesar de inofensivos, vêm quase sempre com aquele torcer de nariz meio incrédulo que dá vontade de bater com a cabeça na parede. 

Parece que "as pessoas mudam" é apenas uma frase que dizemos e não acessamos realmente. Ainda hoje me lembro que, com cerca de 12 anos, disse a uma amiga da escola em tom de gozo "o tema da tua festa é Hello Kitty? Que infantil!" isto porque odiava saias e cor-de-rosa. Um ano ou dois depois, tudo na minha vida era enjoativamente rosa (e com Hello Kitty incluída). 
Na altura não me importei porque era uma criança mas parece que quando a coisa se torna mais adulta (mudar os gostos musicais, opiniões de temas matrimoniais ou questões políticas) sentimo-nos inibidos de expressar essa mudança junto dos que nos conhecem há mais tempo. Começa o "mas mudaste de opinião porquê?"; "De onde veio isso agora?" e outras questões que, às vezes, nem sabemos responder. 
Porque é que é tão difícil aceitar que alguém mudou de opinião sem tentar rebaixar essa mudanças?Okay, sempre gostaste de glitter nas unhas dos pés, preciso de premiar-te por gostares de fazê-lo antes de mim? Preciso de fazer um curso de pedicure para ser aceite no grupo "glitter no pé"? Porquê complicar? 


Nós mudamos e temos de aceitar que os outros mudam. É por isso que se perdem amizades sem haver rancores e é por isso que, passados anos, podemos reatar laços com pessoas que jamais pensaríamos lidar. 
Há que aceitar que mudar é algo natural e que não tem de ser justificado. E que hoje posso gostar de ter um tema rosa no instagram mas secalhar no futuro quero mostrar o meu rabinho tonificado quando for super fitness (não me parece, mas aos 12 também não me parecia que fosse gostar da Hello Kitty por isso vale o que vale). Antes gostava de bacon e hoje já não. Antes queria ter dois filhos e agora não quero nenhum. Isso não faz de ninguém pior ou melhor pessoa. Apenas diferente e não há problema nisso. 

Já alguma vez passaram por isto? Reconhecem que já mudaram? 

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quarta-feira, 10 de agosto de 2016

"Já não tens coisas rosa suficientes?"


"Não.", é sempre a minha resposta. Há anos, ANOS, que levo com esta pergunta. "Outro batom rosa?"; "Já não tinhas uma camisa rosa?"; "Não te cansas?" e, a que mais me enfurece, "Já não és demasiado velha para isso?". E eu pergunto-me: Porque é que vêem defecar na minha felicidade?

Por alguma razão associar a nossa felicidade à estética ainda é visto como algo fútil. Se nos queremos rodear de coisas bonitas, ir às compras e ficamos genuinamente felizes com coisas com uma estética que nos agrada somos logo umas tontas (sim, no feminino. Porque apesar de os rapazes cada vez mais se preocuparem com a estética, só a mulher é que é tontinha por mostrar a sua felicidade em associar-se a coisas bonitas). 

Vamos pôr as coisas destes modos: eu não compro o livro pela capa. Avalio a história, o contexto, reviews, autor, questão socio-cultural em que foi escrito, etc. Agora se vou procurar a edição com a capa mais bonita? Podem ter a certeza que sim. Isso vai mudar alguma coisa? Não, o conteúdo é o mesmo.

A mesma premissa aplica-se à pessoa que se maquilha todos os dias, que passa horas na Zara Home a pensar em como pôr a casa mais bonita ou àquela que escolhe o modelo de telemóvel porque existe uma versão rosa (olá!). Isso torna-a uni-dimensional, infantil ou fútil? Nada disso. Para mim até pelo contrário, saber o que se quer é muito bonito.

Eu tenho 24 anos, levanto-me 1h mais cedo para me maquilhar, gosto da Hello Kitty, ir às compras e sim, gostava de escrever para a Vogue. Mas também sou a pessoa obcecada com clássicos, principalmente os que relatam a decadência da psicologia humana quando confrontada pela ganância, educo-me em temas que desconheço (como o caso dos refugiados - tive uma colega que fez voluntariado num campo grego e instrui-me imenso junto dela). 
Nos fins-de-semana posso ver um filme da Disney ou passar um dia no site da BBC a ler artigos de toda uma variedade temática (sabiam que está a ser crowdfunded uma forma de criar carne animal em laboratório através das células animais para manter a sustentabilidade e acabar com a crueldade animal sem ter de obrigar o mundo inteiro a tornar-se vegan? Chama-se SuperMeat.).

E agora, onde é que o excesso de cor-de-rosa me define no meio disto?


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