Pages

Header bannerHeader bannerHeader bannerHeader bannerHeader bannerHeader bannerHeader bannerHeader bannerHeader bannerHeader bannerHeader bannerHeader banner
Mostrar mensagens com a etiqueta fútil. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta fútil. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

"Já não tens coisas rosa suficientes?"


"Não.", é sempre a minha resposta. Há anos, ANOS, que levo com esta pergunta. "Outro batom rosa?"; "Já não tinhas uma camisa rosa?"; "Não te cansas?" e, a que mais me enfurece, "Já não és demasiado velha para isso?". E eu pergunto-me: Porque é que vêem defecar na minha felicidade?

Por alguma razão associar a nossa felicidade à estética ainda é visto como algo fútil. Se nos queremos rodear de coisas bonitas, ir às compras e ficamos genuinamente felizes com coisas com uma estética que nos agrada somos logo umas tontas (sim, no feminino. Porque apesar de os rapazes cada vez mais se preocuparem com a estética, só a mulher é que é tontinha por mostrar a sua felicidade em associar-se a coisas bonitas). 

Vamos pôr as coisas destes modos: eu não compro o livro pela capa. Avalio a história, o contexto, reviews, autor, questão socio-cultural em que foi escrito, etc. Agora se vou procurar a edição com a capa mais bonita? Podem ter a certeza que sim. Isso vai mudar alguma coisa? Não, o conteúdo é o mesmo.

A mesma premissa aplica-se à pessoa que se maquilha todos os dias, que passa horas na Zara Home a pensar em como pôr a casa mais bonita ou àquela que escolhe o modelo de telemóvel porque existe uma versão rosa (olá!). Isso torna-a uni-dimensional, infantil ou fútil? Nada disso. Para mim até pelo contrário, saber o que se quer é muito bonito.

Eu tenho 24 anos, levanto-me 1h mais cedo para me maquilhar, gosto da Hello Kitty, ir às compras e sim, gostava de escrever para a Vogue. Mas também sou a pessoa obcecada com clássicos, principalmente os que relatam a decadência da psicologia humana quando confrontada pela ganância, educo-me em temas que desconheço (como o caso dos refugiados - tive uma colega que fez voluntariado num campo grego e instrui-me imenso junto dela). 
Nos fins-de-semana posso ver um filme da Disney ou passar um dia no site da BBC a ler artigos de toda uma variedade temática (sabiam que está a ser crowdfunded uma forma de criar carne animal em laboratório através das células animais para manter a sustentabilidade e acabar com a crueldade animal sem ter de obrigar o mundo inteiro a tornar-se vegan? Chama-se SuperMeat.).

E agora, onde é que o excesso de cor-de-rosa me define no meio disto?


FACEBOOKINSTAGRAMPINTEREST

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...