Sabem aquela sensação de que nada do que fazem é bom o suficiente? A típica imagem de se tens 100 num teste "não é mais que a tua obrigação" ou "tiveste sorte" mas se tiveste só 50 é "porque nunca te esforças" e és pior que toda a gente? Well, bem vindos à minha família.
E sim, quem já me conhece sabe que daqui vem um texto positivo e bastante vitorioso sobre uma situação que está longe de ser a mais agradável.
Para tornar a coisa mais leve e menos pity party, vamos pensar que a minha família é como a mãe da Monica em F.R.I.E.N.D.S. Tudo o que faço é uma desgraça, tudo o que pode ser criticado é, nada do pode ser elogiado é reconhecido. É um ambiente frustrante para caraças. Sobretudo na adolescência. Há quem sentisse que era bullied na escola, eu sentia-o em casa. Lembro-me de chegar a ficar de castigo por chegar tarde a casa depois das aulas ou fingir estar doente para não ter de passar muito tempo entre "os meus". Mas ah, here comes the good part!
Sabem a parte libertadora de nunca agradar ninguém? Sentir que não temos de agradar ninguém. Ainda hoje a minha avó, que sempre criticou o facto de usar o cabelo comprido e escuro, disse que agora está demasiado curto. I just can't win, por isso nem tento.
O que, para uns, pode soar a uma pressão psicológica impossível, eu descobri a liberdade inversa. Porquê tentar agradar? Eu tenho boas notas porque eu quero sentir-me realizada e se falhar vou ser eu a pagar as consequências. Eu pinto o cabelo porque eu gosto. Corto-o porque eu quero. Vejo desenhos animados porque me agrada a mim. Tenho demasiados livros porque eu gosto de ler ou demasiada maquilhagem cara mas que eu gosto (e que eu pago).
E foi por isso que aos 15 anos pintei o cabelo de cor de rosa (antes de ser moda, infelizmente, estava ahead of my time), fui criticada mas fui feliz. Foi por isso que me despedi e fui viver para Madrid um ano e estagiar na Disney - e sim, isso é criticado. Foi por isso que trabalhei e com o meu dinheiro fui passar uma semana para o Algarve com o meu namorado assim que acabei o secundário apesar de ir contra a vontade de todos.
Os melhores momentos que vivi foi porque eu decidi vivê-los e ignorar as críticas negativas constantes.
Encontrem a positividade na adversidade, é a melhor forma de se definirem e serem felizes.
Ps. Não pensem que a minha família é absolutamente horrível. Podem não ser os mais simpáticos psicológica e emocionalmente mas sei que fazem tudo por mim e se preocupam comigo. A minha avó é a primeira a criticar o meu peso mas era quem me trazia torradinhas à meia-noite nas noitadas antes dos exames. Que dizer? C'est la vie!
Obrigada por partilhares isto. Eu passo pelo mesmo que tu, mas não é com a minha familia - é com os de fora. Graças a deus os meus pais sempre me apoiaram em tudo e são espetaculares. Mas os de fora (amigos, colegas de trabalho) tem sempre a mania de criticar tudo o que faço e nunca são capazes de dar um elogio ou alguma coisa assim. Como se diz muito aqui na minha ilha: "cagando e andando".
ResponderEliminarCarolina's Makeup Life
Quando for grande quero ser como tu. <3
ResponderEliminarCostumo dizer isso tantas vezes sarcasticamente que agora tive 3 segundos de "oh, she wanna fight" antes de me lembrar que isso é uma frase normal ahahah!
EliminarOlá Marta, entendo perfeitamente sobre isso, apesar de não ter vivido isso entre a minha família. Mas vivi isso entre amigos, e sei que hoje, ainda sou alvo de muitas criticas, simplesmente por ter vivido do meu jeito, por ter dado uma nova oportunidade a minha vida.
ResponderEliminarSou viúva do meu primeiro marido, sofri bastante no luto, mas depois fui viver uma nova vida, com meu novo amor, que hoje é meu esposo. Depois de 5 anos juntos, decidimos que era hora de mudar de país, mais uma vez fui alvo de críticas e negatividade. Mas sabes, aprendi uma coisa na vida: A opinião dos outros é apenas dos outros, dos outros, não nossa! O que os outros pensam, é responsabilidade deles, não nossa! A vida é nossa, os gostos são nossos e as consequências das nossas escolhas é inteiramente nossa.
Continue na fé em tuas escolhas, continue a viver do teu jeito, se esse jeito fizer bem para ti.
Beijinho!!!
http://www.lifeenthusiastblog.com/
Oh meu Deus, como eu te percebo! Agora senti que temos muito em comum e senti cada palavra. Também sempre me senti presa no seio da minha família, sempre fui a ovelha negra. Acho que tem que existir sempre uma né?! Mas pronto, percebo esse sentimento de "bullying" efetuado por aqueles que deviam ser os primeiros a apoiar-nos e a ajudar a levantar quando caímos. O pior é que isso tem repercussões muito negativas na minha vida e nas relações com as outras pessoas. E ainda hoje não me consigo abrir à minha família, não consigo liberta-me no meio deles, fico sempre retraída no meu canto. Enfim, não vou estar para aqui a descrever a minha desgraça eheh apenas dizer que, tal como tu, cresci muito com essa situação e hoje tenho orgulho por tudo o que já alcancei sozinha.
ResponderEliminarMuitos beijinhos 😘🌙
www.themooninmyroom.blogspot.pt
Eu tenho uma mãe que por muito que faça em casa só sabe dizer "podias ter feito isto ou aquilo" "ja podias ter limpado tudo" isto numa manha quando tenho tempo o dia todo e no doa seguinte e etc... frustrante mesmo mas tenho d aguentar enquanto na da pr sair de casa.
ResponderEliminarKiss
http://inspirationswithm.blogspot.pt/?m=1
Quero muito ser como tu!!
ResponderEliminarBeijinhos
Identifico-me tantooo com esta situação, sei exactamente a que te referes quando falas de bullying em casa (e sim, não significa que as nossas famílias não gostem de nós... têm uma maneira muito própria de o demonstrar. Como a tua avó com as torradas).
ResponderEliminarAinda não lido com isso tão bem como tu mas estou a trabalhar nisso portanto achei o texto super inspirador... Um dia quero conseguir ter esse mindset.
Keep doing you, you is awesome <3
Beijinhos