Majestosamente Mestre

Na quinta-feria, dia 18, despedi-me do meu estatuto de estudante após 17 anos de muito trabalho. É isso mesmo, sou oficialmente mestre.

O mestrado, para mim, era daquelas coisas super assustadoras. Ouvir a palavra "tese" dava-me calafrios porque associava-a a um nível de inteligência e trabalho que pensava ser inatingível. É certo que não fiz tese, fiz um estágio com relatório, mas o nível de rigorosidade não é assim tão diferente. O que é certo é que depois de lutar por um lugar no autocarro para conseguir chegar a horas (claro, porque a minha apresentação calhou logo em dia da greve do metro), ter 2 ataques de ansiedade (daqueles típicos destes momentos), lá consegui fazer a minha apresentação.

Não querendo desvalorizar as minhas capacidades, devo reconhecer que tive muita sorte com o meu júri. A defesa foi uma conversa fluída, com espaço para o humor e a crítica social. A coisa correu tão bem que ontem até recebi um email do meu orientador a dizer que a minha arguente viu um anúncio de trabalho e pediu para ele me avisar. Super querida não foi?

Bem, tudo isto para dizer que lá ouvi as palavras "decidimos aprovar a sua tese" e até me deram uma nota que me permitiu subir a média. Graças ao mestrado consegui estagiar numa revista que admiro imenso. Admito que tenho bastante orgulho do meu percurso académico (17 anos sem chumbar a nada, nem sequer fui a exames, por isso deixem-me lá ter o ego inchado), principalmente porque sei muitos dos que me conhecem sempre subestimaram as minhas capacidades. Agora é fazer-me à vidinha e talvez daqui a uns anos volte aos estudos.

Deixo só uma palavra de encorajamento: se acham que algo é demasiado difícil para as vossas capacidades, avancem à mesma. O mais certo é conseguirem superar o que antes acharam impossível e, para mim, isso é uma das melhores sensações que podemos sentir. 

Tencionam fazer mestrado? Costumam "agarrar o touro pelos cornos", como se diz, ou têm tendência para seguir o caminho mais fácil? ♡

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